
Gostei, um amor impossível. Foram muitas as vezes que vi, ouvi e calei, que engoli o orgulho, que ocultei as minhas revoltas, que disfarcei todos os meus ciumes. Por inúmeras vezes senti-me insegura e chorei, amei-te mais que tudo. E pergunto-me, e tu?
Fiz de ti o meu primeiro, pintei uma tela, usando as tuas cores e anulando as minhas, fantasiei um mundo. E tu amor? O que fizeste?
Desconfiei muito, mas confiei de mais. Fiz cenas, filmes, com medo de te perder. Amei-te de verdade. E tu? Amaste-me? Chegaste a pensar em mim? No que construímos? No que podíamos alcançar?
Tudo um dia, tem um fim. E tu? Tu podes ficar descansado, não corres riscos de amar e não ser correspondido, pois não sabes diferenciar amor verdadeiro de passatempo. E eu? Estou feliz agora? Quem sabe! E tu? Vais-te dar bem? Tomara.
Abandonas-te o navio, desististe de nós. E eu? Eu não desisti, mantive-me firme na minha decisão de te ter. Mas agora chegou a hora de abandonar de vez este navio, no qual não deveria ter ficado. E não te preocupes, que cair no mar vai ser fácil de mais, para quem mergulhou de cabeça em ti.
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